Crioulo

Imagem do alimento

Nome da Raça

Crioulo

Altura na Cernelha

Entre 1,34 m e 1,47 m

Temperamento

Ativo, dócil, resistente, inteligente e rústico.

Introdução

Origem

O cavalo Crioulo tem sua origem nos equinos Andaluz e Jacas espanhóis, trazidos da Península Ibérica no século XVI pelos colonizadores. Estabelecidos na América, principalmente na Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e sul do Brasil, muitos desses animais passaram a viver livres, formando manadas selvagens que, durante cerca de quatro séculos, enfrentaram temperaturas extremas e condições adversas de alimentação.

Essas adversidades imprimiram nestes animais algumas de suas características mais marcantes: rusticidade e resistência.

Em meados do século XIX, fazendeiros do sul do continente começaram a tomar consciência da importância e da qualidade dos cavalos que vagavam por suas terras. Esta nova raça, bem definida e com características próprias, passou a ser preservada, vindo a ganhar notoriedade mundial a partir do século XX, quando a seleção técnica exaltou o seu valor e comprovou suas virtudes.

Em 1932, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos - ABCCC, com a missão de preservar e difundir o cavalo Crioulo no país.

País de origem

Brasil

Curiosidades

Uma curiosidade que demonstra a rusticidade e resistência desta raça é a distância percorrida em 1925 por dois cavalos Crioulos, Gato com 16 anos e Mancha com 15 anos, que partiram de Buenos Aires com destino aos EUA, juntos com o suíço Aimé F. Tschiffely. Chegaram aos EUA, em 22 de Setembro de 1928.

Foram 3 anos e 5 meses e 21.500 km de uma cavalgada ao longo de todo o continente americano, nos mais diversos tipos de solo e clima.

Características gerais

Aspectos raciais

Cabeça cônica, com face curta; focinho fino, de perfil direito ou levemente convexo; orelhas pequenas; olhos grandes separados; pescoço musculoso, principalmente na base, levemente rodado com crineira basta de pelos grossos; tronco é compacto e musculoso; cernelha larga e forte, embora pouco saliente; dorso e lombo curtos e fortes; garupa poderosa, inclinada, terminando com uma cauda baixa; peito musculoso; tórax alto e arqueado; ventre redondo; pernas e coxas musculosas; membros são curtos e fortes, com paleta longa e inclinada.

Peso: média de 400kg.

Pelagem

Admitidas todas as pelagens e particularidades.

Aptidões

É um animal muito versátil, sendo utilizado para provas do tipo campereada (prova semelhante ao team penning), chasque (prova para avaliar a recuperação do animal em percurso de 300m em diversos andamentos), paleteadas (condução de uma rês por dois cavaleiros que devem passar por diversas porteiras em percurso predeterminado), enduro (30 a 80km), marcha de resistência (750km) e, a principal delas, o freio de ouro, que consiste em avaliação morfológica e funcional de animais.

Comportamento e cuidados

Vacinação e vermifugação

As vacinas previnem e/ou minimizam a ação de agentes que possam vir a causar doenças e gerar grandes perdas econômicas. Todos os equinos de uma mesma propriedade devem ser vacinados com o mesmo programa de vacinação. Os programas variam de acordo com a região em que o animal vive ou para qual será transportado.

As vacinas mais utilizadas em equinocultura são a contra influenza, tétano e encefalomielite equina. Em casos de propriedades com problemas de aborto equino a vírus, as éguas prenhas devem receber reforço adicional no 5º, 7º e 9º meses de gestação. Nos equinos os endoparasitas podem causar cólicas, anemias, diarréias, constipações e retardos no crescimento.

Programas de vermifugação devem ser implantados de acordo com o número de animais, extensão da propriedade, sendo importante a alternância do princípio ativo para evitar resistência parasitária e atingir todos os tipos de vermes.

Manejo

Alimentar

O alimento natural dos equinos são os volumosos. Os volumosos são ricos em fibras como as pastagens e as forragens que suprem parcialmente as necessidades nutricionais dos equinos. Devido às maiores exigências decorrentes do esporte, concentrados enérgicos e/ou proteicos (rações, grãos), foram adicionados à dieta como complemento do volumoso, com quantidade oferecida de acordo com a categoria do animal.

O aumento de consumo de concentrados pode causar diversas enfermidades graves como miopatia de esforço, laminite ou cólicas.

Adotar uma periodicidade do horário alimentar dos equinos, evitando longos períodos em jejum. Devidos as perdas constantes de minerais, a suplementação com sal é importante para evitar deficiências.

Casqueamento e ferrageamento

Os cascos de um cavalo devem ser limpos diariamente, principalmente antes do exercício. Um bom casqueamento e ferrageamento nos cascos dos equinos, previne o aparecimento de afecções no aparelho locomotor e oferece proteção ao casco dos impactos com o solo.

Confinamento

Água limpa, fresca e a vontade deve estar sempre ao alcance do animal. Manter cavalos em baias é antinatural. Um cavalo chega a se deslocar por dia a distância de 9 a 12 quilômetros. Oferecer baias grandes com ventilação adequada, boa cama, cochos e bebedouros com altura adequada são fundamentais.

Odontológico

As alterações dentárias influenciam na mastigação e digestão dos alimentos, causando menor aproveitamento dos nutrientes, perda de peso, queda de desempenho e problemas no trato gastrointestinal. Os cavalos devem passar por manejo odontológico com um médico veterinário capacitado a cada 6 meses.

Vacinação e vermifugação

As vacinas previnem e/ou minimizam a ação de agentes que possam vir a causar doenças e gerar grandes perdas econômicas. Todos os equinos de uma mesma propriedade devem ser vacinados com o mesmo programa de vacinação. Os programas variam de acordo com a região em que o animal vive ou para qual será transportado.

As vacinas mais utilizadas em equinocultura são a contra influenza, tétano e encefalomielite equina. Em casos de propriedades com problemas de aborto equino a vírus, as éguas prenhas devem receber reforço adicional no 5º, 7º e 9º meses de gestação. Nos equinos os endoparasitas podem causar cólicas, anemias, diarréias, constipações e retardos no crescimento.

Programas de vermifugação devem ser implantados de acordo com o número de animais, extensão da propriedade, sendo importante a alternância do princípio ativo para evitar resistência parasitária e atingir todos os tipos de vermes.

Referências bibliográficas

TORRES, A. P.; JARDIM, W. R. Criação do Cavalo e de Outros Equinos. 3. ed. São Paulo, Editora Nobel. 1987.

CINTRA, A. G. de C. O Cavalo: Características, Manejo e Alimentação. Editora ROCA. 2014.

ABCCC. Stud Book. O Cavalo Crioulo. Disponível em: <http://www.cavalocrioulo.org.br/studbook/cavalo_crioulo>. Acesso em: 06 Nov. 2017.

Imagem disponível em: https://cdn.comprerural.com/wp-content/uploads/2016/08/05152522/cavalo-crioulo-3.jpg