Sorraia
Nome da Raça
Sorraia
Altura na Cernelha
Média de 1,60 m
Temperamento
Dócil
Introdução
Origem
O nome desta raça equina deve-se ao fato de ter sido recuperada a partir de um núcleo de animais encontrado na região de Coruche, no vale do rio Sorraia.
Em toda a região correspondente às margens deste rio (e seus afluentes, Sor e Raia), com particular incidência entre Benavente e Mora, era frequente encontrar, nas décadas de 20 a 40, éguas bastante homogéneas constituídas por este tipo de equino, de pequeno porte e conformação pobre, fortemente raiado, de pelagem rato ou baia.
Os animais desta raça são vulgarmente designados por Sorraias. Admite-se que no passado tenham sido conhecidos por zebros.
País de origem
Portugal
Curiosidades
O Cavalo do Sorraia pode, na generalidade, ser definido como uma raça de cavalos de pequena estatura, como que de uma miniatura do cavalo Lusitano. São animais extremamente resistentes às duras condições ambientais em que sempre se criaram, aproveitando os restolhos de pastagens em terrenos pobres de cálcio. Estas características denunciam tratar-se de um tipo de cavalo primitivo.
Infelizmente a força desta raça não foi suficiente para resistir ao tempo. Hoje em dia podemos apenas encontrar pouco menos de 200 exemplares no mundo, sendo que Portugal e Alemanha são os países que estão a fazer todos os esforços possíveis para conseguir preservar esta raça com tanta história.
Características gerais
Aspectos raciais
Cabeça retangular, de perfil subconvexo, crânio nitidamente inclinado em relação à face, que é bastante comprida. Os olhos expressivos, inseridos em órbita elíptica. As orelhas são móveis, de implantação atrasada devido à inclinação do crânio.
Pescoço bem inserido, esbelto, de comprimento médio, invertido nos animais magros, armazena gordura para a época da fome fazendo com que se transforme e apareça rodado no animal gordo. Peitoral não muito largo, mas musculoso. O tórax é profundo e não muito largo. Garupa de largura e comprimento médio e de forma elíptica. Membros anteriores ligeiros de osso, mas bem aprumados. Membros posteriores ligeiros de osso e musculatura, mas bem conformados.
Pelagem
Varia do baio (pardo amarelo) claro ao baio torrado, ou do rato (pardo rato) claro ao rato escuro, sempre com listra de burro. É mais ou menos gateado ou zebrado nos cabos e por vezes noutras partes do corpo. Crinas fartas e bicolores, com cerdas escuras na linha do meio e das cor do corpo na parte mais externa. Cauda igualmente bicolor, formando uma borla na sua base. Extremidades (ponta dos orelhas, focinho, e membros) sempre em tom escuro.
Aptidões
O Sorraia foi utilizado na agricultura em trabalhos pequenos e leves por camponeses locais. Apesar do selo de cavalo de trabalho, o Sorraia mostra aptidão para outras atividades hípicas.
Comportamento e cuidados
Vacinação e vermifugação
As vacinas previnem e/ou minimizam a ação de agentes que possam vir a causar doenças e gerar grandes perdas econômicas. Todos os equinos de uma mesma propriedade devem ser vacinados com o mesmo programa de vacinação. Os programas variam de acordo com a região em que o animal vive ou para qual será transportado.
As vacinas mais utilizadas em equinocultura são a contra influenza, tétano e encefalomielite equina. Em casos de propriedades com problemas de aborto equino a vírus, as éguas prenhas devem receber reforço adicional no 5º, 7º e 9º meses de gestação. Nos equinos os endoparasitas podem causar cólicas, anemias, diarréias, constipações e retardos no crescimento.
Programas de vermifugação devem ser implantados de acordo com o número de animais, extensão da propriedade, sendo importante a alternância do princípio ativo para evitar resistência parasitária e atingir todos os tipos de vermes.
Manejo
Alimentar
O alimento natural dos equinos são os volumosos. Os volumosos são ricos em fibras como as pastagens e as forragens que suprem parcialmente as necessidades nutricionais dos equinos.
Devido às maiores exigências decorrentes do esporte, concentrados enérgicos e/ou protéicos (rações, grãos), foram adicionados à dieta como complemento do volumoso, com quantidade oferecida de acordo com a categoria do animal. O aumento de consumo de concentrados pode causar diversas enfermidades graves como miopatia de esforço, laminite ou cólicas.
Adotar uma periodicidade do horário de alimentar os equinos, evitando longos períodos em jejum. Devidos as perdas constantes de minerais, a suplementação com sal é importante para evitar deficiências.
Casqueamento e ferrageamento
Os cascos de um cavalo devem ser limpos diariamente, principalmente antes do exercício. Um bom casqueamento e ferrageamento nos cascos dos equinos, previne o aparecimento de afecções no aparelho locomotor e oferece proteção do casco dos impactos com o solo, respectivamente.
Confinamento
Água limpa, fresca e a vontade deve estar sempre ao alcance do animal. Manter cavalos em baias é antinatural. Um cavalo chega a se deslocar por dia a distância de 9 a 12 quilômetros. Oferecer baias grandes com ventilação adequada, boa cama, cochos e bebedouros com altura adequada são fundamentais.
Odontológico
As alterações dentárias influenciam na mastigação e digestão dos alimentos, causando menor aproveitamento dos nutrientes, perda de peso, queda de desempenho e problemas no trato gastrointestinal. Os cavalos devem passar por manejo odontológico com um médico veterinário capacitado a cada 6 meses.
Vacinação e vermifugação
As vacinas previnem e/ou minimizam a ação de agentes que possam vir a causar doenças e gerar grandes perdas econômicas. Todos os equinos de uma mesma propriedade devem ser vacinados com o mesmo programa de vacinação. Os programas variam de acordo com a região em que o animal vive ou para qual será transportado.
As vacinas mais utilizadas em equinocultura são a contra influenza, tétano e encefalomielite equina. Em casos de propriedades com problemas de aborto equino a vírus, as éguas prenhas devem receber reforço adicional no 5º, 7º e 9º meses de gestação. Nos equinos os endoparasitas podem causar cólicas, anemias, diarréias, constipações e retardos no crescimento.
Programas de vermifugação devem ser implantados de acordo com o número de animais, extensão da propriedade, sendo importante a alternância do princípio ativo para evitar resistência parasitária e atingir todos os tipos de vermes.
Referências bibliográficas
CINTRA, A. G. de C. O Cavalo: Características, Manejo e Alimentação. Editora ROCA. 2014.
TORRES, A. P.; JARDIM, W.R. Criação do cavalo e de outros eqüinos. Livraria Nobel. 1987.
AICSORRAIA. Raça Sorraia. Origem. Disponível em: <http://www.aicsorraia.fc.ul.pt/Padr%E3o_modelo2.htm>. Acesso em: 21 Jan. 2018.
AICSORRAIA. Raça Sorraia. Padrão. Disponível em: <http://www.aicsorraia.fc.ul.pt/Padr%E3o_modelo2.htm>. Acesso em: 21 Jan. 2018.
Portal São Francisco. Sorraia. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/animais/cavalo-sorraia>. Acesso em: 21 Jan. 2018.
Imagem disponível em: http://www.aicsorraia.fc.ul.pt/Seth_modelo.htm