Dor de ouvido em cães e gato, e agora?

Empresa

Mundo Animal

Data de Publicação

04/06/2018

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Por Ana Paula Messina*

Quando o assunto é higiene do conduto auditivo de cães e gatos, um ponto que merece especial atenção por parte dos proprietários é com relação aos ouvidos. Por se tratarem de uma estrutura muito delicada, podem facilmente desenvolver algum tipo de doença, prejudicando assim a saúde e o bem estar do pet.

Esta doença é denominada otite, que é o processo inflamatório da região do conduto auditivo dos animais. Essa afecção provoca grande desconforto ao cão e gato, com extrema dor local ou por muitas vezes coceira.

O animal pode ficar balançando a cabeça – ato classificado como meneios cefálicos, esfregando as orelhas no chão, a cabeça pode pender para um dos lados, ocorre um aumento de secreção (cerúmen) com alteração de coloração e odor da mesma.

O seu desenvolvimento pode ocorrer por diversas causas e somente um médico veterinário está apto a fechar um diagnóstico.

Uma das causas é a umidade, quando, por exemplo, após o banho as orelhas continuam úmidas, ou em casos de cães que gostam de nadar, por isso é sempre importante prestar bastante atenção a esse processo.

Além de umidade, a otite pode ser de causa parasitária, em que ácaros causam o processo inflamatório e denota uma secreção escura com odor fétido. Fungos são, infelizmente, uma das maiores causas de otite em cães.

As otites acarretadas por bactérias formam acúmulo de pus e o tratamento é mais extenso, além de ser resultado de uma otite mal curada, se tornando uma doença crônica.

Há também animais que têm produção exacerbada de cerúmen no conduto auditivo, e ela pode ser classificada por otite seborreica, em que se é importante utilizar uma solução de limpeza de ouvidos e orelhas para promover uma limpeza eficaz. 

O próprio animal também pode ser a causa de sua otite, uma vez que ao realizar o simples ato de coçar as orelhas, pode machucá-las e carrear com si microorganismos que irão facilitar o desenvolvimento.

Para finalizar, também é importante frisar que há uma predisposição racial ma formação de otites. Cocker Spaniel e Labrador Retriever são raças que têm as orelhas penduladas, que favorecem a umidade e calor que são situações favoráveis para o desenvolvimento de bactérias e fungos.

Para fechar um diagnóstico, o veterinário irá coletar as informações necessárias, além de solicitar exames complementares a fim de classificar a inflamação e receitar medicações e protocolos terapêuticos para a cura.

Tratar a otite é um processo muito simples, mas que precisa de comprometimento do dono do animal. Consiste basicamente na limpeza dos condutos com produtos adequados, geralmente à base de ácido lático e salicílico, removendo assim crostas, cerúmen, células mortas que podem atrapalhar o tratamento.

Depois de limpos, os ouvidos são tratados com medicamentos específicos para cada caso, dependendo do tipo de otite. Por isso a importância de um diagnóstico conclusivo. Esses medicamentos são na maioria das vezes de uso tópico, porém, o veterinário irá saber ser haverá necessidade de antibióticos, antifúngicos ou outros medicamentos via oral.

Após o tratamento e a cura da otite aguda, o dono deve sempre manter uma manutenção a fim de evitar a volta do problema ou até mesmo um agravamento, tornando-se uma otite crônica. A limpeza de rotina pode ser feita com soluções de limpeza de orelha, semanalmente após o banho, evitando assim uma futura inflamação. 

Limpar os ouvidos regularmente é excelente para proporcionar a prevenção ou para melhorar o tratamento de otites Hoje em dia no mercado industrial veterinário há uma gama de produtos voltados para o tratamento e manutenção auricular.

*M.V. Ana Paula Messina é Coordenadora Técnica Laboratório Veterinário Mundo Animal