Lidocaína
Sobre
Aviso
Este medicamento pode ser encontrado em apresentações de uso humano, porém com literatura técnica que baseia seu uso na medicina veterinária. O uso de suas informações é de responsabilidade do médico veterinário.
Princípio(s) Ativo(s)
Receita
Receita Simples
Armazenamento
Conservar em local seco, à temperatura ambiente (15°C a 30°C), ao abrigo da luz solar direta e fora do alcance de crianças e animais domésticos.
Informações ao cliente
A administração parenteral da lidocaína só deve ser realizada por profissional habilitado e capacitado a atender possíveis intercorrências.
Apresentações e concentrações
OPÇÕES VETERINÁRIAS COM Lidocaína
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Princípio(s) Ativo(s): Cloridrato de Lidocaína; Bitartarato de EpinefrinaEmpresa: Syntec
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Princípio(s) Ativo(s): Ciprofloxacina; Cetoconazol; Fluocinolona (Acetonido de); Cloridrato de LidocaínaEmpresa: Ourofino
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Princípio(s) Ativo(s): Dimetil-Sulfóxido; Dexametasona; Cloridrato de LidocaínaEmpresa: Vetnil
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Princípio(s) Ativo(s): Dexametasona; DMSO; Lidocaína; Tintura de ArnicaEmpresa: Fórmula Animal
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Princípio(s) Ativo(s): LidocaínaEmpresa: LigVet Farmácia de Manipulação
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Princípio(s) Ativo(s): Clotrimazol; Dexametasona; Lidocaína; GentamicinaEmpresa: Fórmula Animal
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Princípio(s) Ativo(s): Gentamicina; Tiabendazol; Betametasona; Cloridrato de LidocaínaEmpresa: Agener União
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Princípio(s) Ativo(s): Enrofloxacina; Clotrimazol; Dexametasona; Cloridrato de LidocaínaEmpresa: Biofarm
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Princípio(s) Ativo(s): DMSO; Hidrocortisona; LidocaínaEmpresa: Fórmula Animal
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Princípio(s) Ativo(s): Lidocaína; AdrenalinaEmpresa: Bravet
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Princípio(s) Ativo(s): Cloridrato de Lidocaína; EpinefrinaEmpresa: Eurofarma
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Princípio(s) Ativo(s): Oxitetraciclina; Lidocaína; BenzidaminaEmpresa: Progado
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Princípio(s) Ativo(s): LidocaínaEmpresa: Animalia Farma - Farmácia de Manipulação Veterinária
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Princípio(s) Ativo(s): LidocaínaEmpresa: Bravet
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Princípio(s) Ativo(s): Cetoconazol; Sulfato de Tobramicina; Fosfato Sódico de Dexametasona; Cloridrato de LidocaínaEmpresa: Cepav
Apresentações e concentrações
- - Lidocaína, solução injetável (10mg\mL)
- - Lidocaína, solução injetável (20mg\mL)
Indicações e contraindicações
Indicações
A lidocaína é usada localmente como agente anestésico, mas também é indicada no tratamento de arritmia ventricular, principalmente taquicardia ventricular e complexos prematuros ventriculares. Analgesia sistêmica - FLK e MLK, fibrilação atrial, infiltração regional, epidural
Contraindicações / precauções
A lidocaína deve ser usada com cautela em gatos, pois estes apresentam maiores efeitos no SNC. Não deve ser usada em animais com hipersensibilidade à droga. É contra-indicada em bloqueio cardíaco completo. Deve ser usada com cautela em pacientes com bradicardia sinusal, síndrome da doença sinusal e bloqueio átrio-ventricular. Hipovolemia, hipóxia, hipocalemia, hepatopatas, hipertemia malígna.
Efeitos adversos
Excitação no SNC, agitação, desorientação, tremores musculares, convulsão, vômito. Pode causar arritmia cardíaca.
Reprodução, gestação e lactação
Os anestésicos locais podem atravessar a barreira placentária e causar depressão miocárdica e respiratória no feto. No entanto, quando o uso é necessário, os efeitos podem ser minimizados utilizando-se doses menores que as recomendadas e diminuindo o tempo de realização do procedimento (MASSONE, 2008).
Superdosagem
Felinos são muito sensíveis à lidocaída, então a superdosagem pode levar ao óbito do animal (VIEIRA & PINHEIRO, 2004). O SNC é mais sensível que o cardiovascular a doses elevadas de anestésicos locais, ou seja, a sobredosagem pode acarretar a perda da consciência, crises graves de convulsão, apneia e coma.
Administração e doses
Via(s)
- Epidural
- IM
- IV
- Infiltrações
- Intradérmica
- Perineural
- SC
- Tópica
Videos da(s) via(s)
Videos da(s) via(s)
Frequência de utilização
Antiarrítmico: IV - a cada 10 minutos/ IM - a cada 90 minutos.
Dosagem indicada
Antiarrítmico
Dosagem para Cães
Canino
2 - 4 mg / kg
Dosagem para Gatos
Felino
0,25 - 0,75 mg / kg
Anestésico local
Dosagem para Cães e Gatos
Ambos
0,05 - 0,2 ml / kg
Uso tópico
Dosagem para Cães
Canino
1 - 5 % /
Dosagem para Gatos
Felino
1 - 2 % /
Observações
A administração IV em gatos deve ser feita lentamente.
Interações medicamentosas
Amiodarona
Tipo de interação - Toxicidade
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Toxicidade a lidocaína
Mecanismo de ação - Inibição do metabolismo da lidocaína
Conduta - Monitorar a função cardíaca
Anestésicos inalatórios
Efeito Clínico - Redução da CAM
Atenolol
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da lidocaína
Mecanismo de ação - Diminuição do metabolismo hepático
Conduta - Evitar o uso
Brometo de Bupivacaína
Tipo de interação - Toxicidade
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeitos sistêmicos tóxicos
Conduta - Evitar o uso
Brometo de Rocurônio
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da lidocaína
Conduta - Ajustar dose
Cimetidina
Tipo de interação - Toxicidade
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da Lidocaína, levando a toxicidade
Mecanismo de ação - Inibição do metabolismo hepático da Lidocaína e diminuição do fluxo sanguíneo hepático
Conduta - Evitar o uso
Octreotida
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Diminuição da frequência cardíaca
Conduta - Evitar o uso
Propanolol
Tipo de interação - Toxicidade
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da lidocaína, levando a toxicidade
Mecanismo de ação - Diminuição do metabolismo hepático
Conduta - Evitar o uso
Saquinavir
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Grave
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da lidocaína
Conduta - Incompatível
Tramadol
Grau de interação - Grave
Efeito Clínico - Risco de convulsão
Conduta - Evitar o uso
Aviso Legal - Interações Medicamentosas
O Aplicativo Vet Smart contém informações de interação medicamentosas em geral, que foram levantadas por pesquisa realizada pelo próprio Vet Smart, de modo que as informações médicas e sobre medicamentos não é um aconselhamento médico veterinário e não deve ser tratado como tal. Portanto, a Vet Smart não garante nem declara que a informação sobre tratamentos médicos veterinários ou interações medicamentosas do Aplicativo Vet Smart: (A) estará constantemente disponível, ou disponíveis a todos; ou (B) são verdadeiras, precisas, completas, atuais ou não enganosas.
Farmacologia
Farmacodinâmica
A lidocaína é classificada como um agente antidisrítmico da classe IB, conhecido por estabilizar as membranas. Acredita-se que sua ação ocorra por meio da interação com os canais de sódio quando estão inativos, inibindo sua recuperação após a repolarização. Os agentes da classe IB apresentam taxas rápidas de ligação e dissociação aos canais.
Em níveis terapêuticos, a lidocaína provoca uma depressão diastólica na fase 4, atenuando a despolarização e diminuindo a automaticidade, além de não afetar significativamente a capacidade de resposta e excitabilidade da membrana. Esses efeitos ocorrem em níveis séricos que não inibem a automaticidade do nodo SA e têm pouco impacto na condução do nó AV ou na condução das fibras de Purkinje.
Embora os mecanismos exatos não sejam completamente compreendidos, acredita-se que a lidocaína tenha efeitos analgésicos por meio de diversos mecanismos, incluindo a redução da atividade ectópica de neurônios aferentes danificados.
Além disso, a lidocaína parece aumentar a motilidade intestinal em pacientes com íleo pós-operatório. O mecanismo exato desse efeito não é completamente compreendido, mas provavelmente envolve mais do que apenas o bloqueio do aumento do tônus simpático.
Estudos também indicam que a lidocaína possui propriedades antioxidantes, atuando como um eliminador de espécies reativas de oxigênio (ROS) e prevenindo a peroxidação lipídica.
Farmacocinética
A lidocaína não é eficaz quando administrada por via oral devido ao seu alto efeito de primeira passagem. Altas doses orais podem levar à ocorrência de sinais tóxicos antes que níveis terapêuticos sejam alcançados, possivelmente devido a metabólitos ativos. Quando administrada em bolus intravenoso, a ação da lidocaína geralmente tem início em cerca de 2 minutos e sua duração é de 10 a 20 minutos. Se uma infusão contínua for iniciada sem um bolus intravenoso inicial, pode levar até uma hora para atingir os níveis terapêuticos. Injeções intramusculares podem ser administradas a cada 1,5 horas em cães, porém, devido à dificuldade de monitorar e ajustar as dosagens, essa via deve ser reservada para casos em que as infusões intravenosas não são possíveis.
Após a administração, o fármaco é rapidamente redistribuído do plasma para órgãos bem perfundidos, como rins, fígado, pulmões e coração, além de ser amplamente distribuído nos tecidos corporais. A lidocaína apresenta alta afinidade por gordura e tecido adiposo e se liga principalmente à proteína plasmática conhecida como alfa1-glicoproteína ácida. No entanto, é importante ressaltar que a ligação da lidocaína a essa proteína pode variar significativamente e depende da concentração no cão, podendo ser maior em cães com doença inflamatória. A lidocaína também é distribuída no leite. O volume aparente de distribuição (Vd) relatado para cães é de 4,5 L/kg.
A lidocaína é rapidamente metabolizada no fígado em metabólitos ativos, conhecidos como MEGX e GX. A meia-vida terminal da lidocaína em humanos varia de 1,5 a 2 horas, enquanto em cães, foi relatada em cerca de 0,9 horas. No entanto, em pacientes com insuficiência cardíaca ou doença hepática, as meias-vidas da lidocaína e MEGX podem ser prolongadas. Menos de 10% de uma dose parenteral é excretada na urina sem sofrer alterações.
Efeitos adversos
Excitação no SNC, agitação, desorientação, tremores musculares, convulsão, vômito. Pode causar arritmia cardíaca.
Reprodução, gestação e lactação
Os anestésicos locais podem atravessar a barreira placentária e causar depressão miocárdica e respiratória no feto. No entanto, quando o uso é necessário, os efeitos podem ser minimizados utilizando-se doses menores que as recomendadas e diminuindo o tempo de realização do procedimento (MASSONE, 2008).
Superdosagem
Felinos são muito sensíveis à lidocaída, então a superdosagem pode levar ao óbito do animal (VIEIRA & PINHEIRO, 2004). O SNC é mais sensível que o cardiovascular a doses elevadas de anestésicos locais, ou seja, a sobredosagem pode acarretar a perda da consciência, crises graves de convulsão, apneia e coma.
Monitoramento
O paciente em tratamento com a lidocaína deve ser observado continuamente afim de detectar possíveis sinais de intoxicação e promover o suporte ao paciente o mais rápido possível.
Estudos
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Referências bibliográficas
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DIAS, R. R. et al. Influência da lidocaína na proteção miocárdica com solução cardioplégica sangüínea. Rev Bras Cir Cardiovasc vol.17 no.3 São José do Rio Preto, 2002
FANTONI, D. T. et al. Anestésicos locais. In: SPINOSA H. S. et al. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
MASSONE, F. Anestesiologia Veterinária: Farmacologia e Técnicas. 5ª ed. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, p.592, 2008
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TÁRRAGA, K. M. Medicamentos antiarrítmicos. In: SPINOSA H. S. et al. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
SPINOSA, Helenice de Souza, Silvana Lima Górniak, and Maria Martha Bernardi. ""Farmacologia aplicada à medicina veterinária."" (2017).
VIEIRA, F. C.; PINHEIRO, V. A. Monografias farmacêuticas. In: VIEIRA, F. C.; PINHEIRO, V. A. Formulário veterinário farmacêutico. 1. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2004 p
WALLER, S. B. et al. Efeitos colaterais de anestésicos em neonatos de cães e gatos nascidos de cesariana. Acta Veterinaria Brasilica, v.8, n.1, p.1-9, 2014
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