Betametasona
Sobre
Aviso
Este medicamento pode ser encontrado em apresentações de uso humano, porém com literatura técnica que baseia seu uso na medicina veterinária. O uso de suas informações é de responsabilidade do médico veterinário.
Princípio(s) Ativo(s)
Receita
Receita Simples
Informações ao cliente
Não interrompa o tratamento sem orientação do médico veterinário. Evite o contato direto com o produto. Gestantes que tenham contato direto com o produto devem informar ao médico responsável.
Apresentações e concentrações
OPÇÕES VETERINÁRIAS COM Betametasona
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Princípio(s) Ativo(s): Sulfato de Gentamicina; Dipropionato de Betametasona; MiconazolEmpresa: Ourofino
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Princípio(s) Ativo(s): Clotrimazol; Gentamicina; Betametasona; BenzocaínaEmpresa: Vetnil
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Princípio(s) Ativo(s): Ciprofloxacina; Clotrimazol; Valerato de BetametasonaEmpresa: Syntec
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Princípio(s) Ativo(s): Sulfato de Gentamicina; Valerato de Betametasona; MiconazolEmpresa: Ourofino
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Princípio(s) Ativo(s): Sulfato de Gentamicina; Valerato de Betametasona; MiconazolEmpresa: Ourofino
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Princípio(s) Ativo(s): Gentamicina; Tiabendazol; Betametasona; Cloridrato de LidocaínaEmpresa: Agener União
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Princípio(s) Ativo(s): Clotrimazol; Sulfato de Gentamicina; Valerato de BetametasonaEmpresa: MSD
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Princípio(s) Ativo(s): Gentamicina; Cetoconazol; Valerato de BetametasonaEmpresa: Mundo Animal
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Princípio(s) Ativo(s): Betametasona; MiconazolEmpresa: Fórmula Animal
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Princípio(s) Ativo(s): BetametasonaEmpresa: Animalia Farma - Farmácia de Manipulação Veterinária
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Princípio(s) Ativo(s): Sulfato de Gentamicina; Valerato de Betametasona; ClotrimazolEmpresa: ProvetS Simões
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Princípio(s) Ativo(s): Enrofloxacina; Clotrimazol; BetametasonaEmpresa: UCBVET Saúde Animal
Apresentações e concentrações
- - Betametasona, pomada
- - Betnovate, pomada
Indicações e contraindicações
Indicações
É um corticóide usado no tratamento de dermatoses e condições inflamatórias, doenças auto-imunes, traumas e edemas (VIEIRA & PINHEIRO, 2004). Eles são capazes de bloquear desde as manifestações mais precoces do processo inflamatório, como dor, calor e rubor, até as mais tardias como reparação e proliferação tecidual (ANDRADE & MARCO, 2006)
Contraindicações / precauções
Deve ser usada com cautela em animais com problemas de úlcera ou infecções, diabéticos, com insuficiência renal (VIEIRA & PINHEIRO, 2004). Deve ser usado com cautela em animais com predisposição a tromboembolismo, pois níveis elevados de glicocorticóides na corrente sanguínea durante muito tempo pode induzir a um estado de hipercoagulabilidade sanguínea, além de pacientes cardiopatas e com pancreatite (ANDRADE & MARCO, 2006).
Efeitos adversos
Qualquer dos efeitos colaterais relatados com o uso sistêmico de corticosteroide também pode ocorrer com o uso tópico de corticosteroide, especialmente em animais jovens, mas que geralmente podem ser controlados com o ajuste adequado da dose durante o tratamento. Dentre eles estão: Distúrbios eletrolíticos como retenção de sódio e edema (poliúria), excreção aumentada de potássio (polidipsia), excreção aumentada de cálcio (polifagia), náuseas, vômitos, úlcera péptica, esofagite, pancreatite, hipercortisolismo, insuficiência suprarrenal secundária, diabete melito, hipertensão arterial, tromboembolismo, glaucoma, fraqueza muscular, fraturas ósseas, necrose asséptica da cabeça do fêmur, neutrofilia, eosinopenia, linfopenia, monocitopenia e púrpuras (ROCHA e JOAQUIM, 2012). A retirada abrupta do tratamento com glicocorticoides pode ocasionar efeitos como febre, mialgia e artralgia, podendo ser confundidos com a exacerbação dos sintomas prévios da doença tratada (MACEDO e OLIVEIRA, 2010).
Reprodução, gestação e lactação
A segurança do uso de corticosteroides tópicos durante a gestação ainda não foi estabelecida. Deve ser utilizados em fêmeas gestantes unicamente se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o feto. Por não se saber se a administração tópica de corticosteroides pode resultar em absorção sistêmica suficiente para produzir quantidades detectáveis dessas substâncias no leite materno, não é recomendado seu uso para lactantes.
Administração e doses
Via(s)
- Oral
- Tópica
Videos da(s) via(s)
Videos da(s) via(s)
Frequência de utilização
6 / 6 - 8 / 8 horas
Duração do tratamento
De acordo com protocolo médico.
Dosagem indicada
Doses
Dosagem para Cães e Gatos
Recomendado
0,1 - 0,5 mg / kg
Observações
Doses maiores produzem efeitos imunossupressores. Deve-se evitar que o produto entre em contato com os olhos. Na presença de infecção, um agente antibacteriano ou antifungico deverá ser administrado.
Interações medicamentosas
Anfotericina B
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Hipocalemia
Conduta - Evitar o uso
Anticoagulantes
Tipo de interação - Sinergismo/Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado ou diminuido dos anticoagulantes
Mecanismo de ação - Desconhecido
Conduta - Evitar o uso
Antiinflamatórios não-esteróides
Tipo de interação - Toxicidade
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Aumento da incidência ou gravidade de úlceras gastrointestinais
Conduta - Evitar o uso
Digitálicos
Tipo de interação - Toxicidade
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Arritmia e toxicidade digitálica
Conduta - Evitar o uso
Diuréticos
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuido dos diuréticos
Conduta - Ajustar dose
Fenitoína
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuido de ambas substâncias
Mecanismo de ação - Aumento do metabolismo do corticóide, devido a indução enzimática pela fenitoína. A betametasona aumenta a eliminação hepática da fenitoína
Conduta - Ajustar dose
Fenobarbital
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuido da betametasona
Mecanismo de ação - Estimulação do metabolismo do corticosteróide secundária a indução das enzimas hepáticas pelo fenobarbital
Conduta - Evitar o uso
Rifampicina
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico da betametasona diminuido
Mecanismo de ação - A rifampicina aumenta o metabolismo hepático da betametasona
Conduta - Ajustar dose
Salicilatos
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuido dos salicitados
Mecanismo de ação - Betametasona estimula o metabolismo hepático dos salicilatos, aumentando sua eliminação renal
Conduta - Ajustar dose
Subs. Hipoglicemiantes
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito hipoglicemiante diminuído
Conduta - Monitorar glicemia, ajustar dose
Aviso Legal - Interações Medicamentosas
O Aplicativo Vetsmart contém informações de interação medicamentosas em geral, que foram levantadas por pesquisa realizada pelo próprio Vetsmart, de modo que as informações médicas e sobre medicamentos não é um aconselhamento médico veterinário e não deve ser tratado como tal. Portanto, a Vetsmart não garante nem declara que a informação sobre tratamentos médicos veterinários ou interações medicamentosas do Aplicativo Vetsmart: (A) estará constantemente disponível, ou disponíveis a todos; ou (B) são verdadeiras, precisas, completas, atuais ou não enganosas.
Farmacologia
Farmacodinâmica
Os glicocorticoides exercem seus efeitos através da interação com receptores específicos dentro das células-alvo. Esses receptores, chamados receptores de glicocorticoide (GRs), estão presentes em praticamente todas as células do corpo. Quando um glicocorticoide se liga a um receptor de glicocorticoide, ocorre uma série de eventos que resultam na expressão ou supressão de vários genes.
A ativação dos GRs pelos glicocorticoides modula a expressão de genes envolvidos em processos inflamatórios e imunológicos. Os glicocorticoides reduzem a expressão de genes que codificam várias citocinas pró-inflamatórias, como interleucinas e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). Isso leva a uma diminuição na produção dessas citocinas e, consequentemente, a uma redução da resposta inflamatória.
Além disso, os glicocorticoides também afetam a atividade de enzimas envolvidas na síntese de mediadores inflamatórios, como prostaglandinas e leucotrienos. Eles inibem a fosfolipase A2, uma enzima necessária para a produção desses mediadores, diminuindo assim sua formação.
Os glicocorticoides também têm efeitos imunossupressores, interferindo com a função das células do sistema imunológico. Eles reduzem a migração de células inflamatórias para o local da inflamação, suprimem a ativação e a função das células T e inibem a produção de anticorpos pelas células B.
Farmacocinética
Absorção: Os glicocorticoides podem ser administrados por via oral, intravenosa, intramuscular, tópica ou inalatória, e a absorção varia dependendo da via de administração. Quando administrados oralmente, são absorvidos no trato gastrointestinal, passam pelo fígado (primeiro efeito passagem hepática) e, em seguida, entram na circulação sistêmica. A absorção pode ser afetada pela presença de alimentos no trato gastrointestinal.
Distribuição: Após a absorção, os glicocorticoides se ligam a proteínas plasmáticas, como a globulina de ligação aos glicocorticoides (GBG) e a albumina. Essa ligação às proteínas pode afetar a disponibilidade dos glicocorticoides nos tecidos-alvo. Alguns glicocorticoides têm maior afinidade pela GBG, enquanto outros têm maior afinidade pela albumina.
Metabolismo: Os glicocorticoides são metabolizados principalmente no fígado. O principal processo de metabolismo envolve a conversão dos glicocorticoides ativos em seus metabólitos inativos por enzimas hepáticas, como a 11-beta-hidroxiesteróide desidrogenase tipo 2 (11-beta-HSD2). Essa enzima inativa a atividade dos glicocorticoides no nível dos tecidos periféricos, reduzindo assim seus efeitos indesejados.
Eliminação: Os glicocorticoides e seus metabólitos são excretados principalmente pelos rins. Eles podem ser excretados na forma inalterada ou como metabólitos conjugados. A meia-vida de eliminação dos glicocorticoides pode variar de algumas horas a vários dias, dependendo do composto específico utilizado.
Considerações laboratoriais
Pode interferir em exames de colesterol sérico, glicosúria, hormônios tireoidianos, potássio sérico e testes alérgicos, dependendo da quantidade absorvida.
Efeitos adversos
Qualquer dos efeitos colaterais relatados com o uso sistêmico de corticosteroide também pode ocorrer com o uso tópico de corticosteroide, especialmente em animais jovens, mas que geralmente podem ser controlados com o ajuste adequado da dose durante o tratamento. Dentre eles estão: Distúrbios eletrolíticos como retenção de sódio e edema (poliúria), excreção aumentada de potássio (polidipsia), excreção aumentada de cálcio (polifagia), náuseas, vômitos, úlcera péptica, esofagite, pancreatite, hipercortisolismo, insuficiência suprarrenal secundária, diabete melito, hipertensão arterial, tromboembolismo, glaucoma, fraqueza muscular, fraturas ósseas, necrose asséptica da cabeça do fêmur, neutrofilia, eosinopenia, linfopenia, monocitopenia e púrpuras (ROCHA e JOAQUIM, 2012). A retirada abrupta do tratamento com glicocorticoides pode ocasionar efeitos como febre, mialgia e artralgia, podendo ser confundidos com a exacerbação dos sintomas prévios da doença tratada (MACEDO e OLIVEIRA, 2010).
Reprodução, gestação e lactação
A segurança do uso de corticosteroides tópicos durante a gestação ainda não foi estabelecida. Deve ser utilizados em fêmeas gestantes unicamente se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o feto. Por não se saber se a administração tópica de corticosteroides pode resultar em absorção sistêmica suficiente para produzir quantidades detectáveis dessas substâncias no leite materno, não é recomendado seu uso para lactantes.
Monitoramento
Infecções secundárias podem ocorrer durante o tratamento, o médico veterinário deve estar atento e constantemente monitorando o paciente pois os sinais de infecção podem ser ocultados pelo uso do medicamento.
Estudos
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Referências bibliográficas
DC, Plumb. Plumb’s veterinary drug handbook, (2017).
MACEDO J. M. S. e OLIVEIRA I. R. Corticosteroides. In: SILVA, P., 1921. Farmacologia/Penildon Silva – 8 ed. [Reimpr.]. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
ROCHA N. P. e JOAQUIM J. G. F. Glicocorticoides: atividades metabólicas, anti-inflamatórias e imunossupressoras. In: BARROS, C. M. e DI STASI, L. C. Farmacologia veterinária. Manole. Barueri-SP, 2012.
SPINOSA, Helenice de Souza, Silvana Lima Górniak, and Maria Martha Bernardi. "Farmacologia aplicada à medicina veterinária." (2017).
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