Aviso

Este medicamento pode ser encontrado em apresentações de uso humano, porém com literatura técnica que baseia seu uso na medicina veterinária. O uso de suas informações é de responsabilidade do médico veterinário.

Princípio(s) Ativo(s)

• Itraconazol

Receita

Receita Simples

Armazenamento

Conservar em local seco, entre 5°C e 30°C, ao abrigo da luz solar direta e fora do alcance de crianças e animais domésticos.

Informações ao cliente

Informe ao Médico Veterinário a ocorrência de gestação ou lactação durante ou logo após o tratamento.

A interrupção do tratamento e a modificação de dose não devem ser feitas sem a orientação do Médico Veterinário. Os microrganismos são capazes de desenvolver resistência nos casos de subdosagem.

O medicamento só deve ser prescrito por um Médico Veterinário. O uso indiscriminado de antifúngicos pode ser perigoso para a saúde dos animais.

OPÇÕES VETERINÁRIAS COM Itraconazol

• Itraconazol Animalia Farma Cápsulas
  Princípio(s) Ativo(s): Itraconazol
  Empresa: Animalia Farma - Farmácia de Manipulação Veterinária
• Itraconazol Cápsulas Fórmula Animal
  Princípio(s) Ativo(s): Itraconazol
  Empresa: Fórmula Animal
• Itraconazol Ligvet
  Princípio(s) Ativo(s): Itraconazol
  Empresa: LigVet Farmácia de Manipulação
• Itraconazol e Iodeto de Potássio Fórmula Animal
  Princípio(s) Ativo(s): Itraconazol; Iodeto de Potássio
  Empresa: Fórmula Animal
• ITL®
  Princípio(s) Ativo(s): Itraconazol
  Empresa: Cepav

Apresentações e concentrações

• - Itraconazol 100 mg, cápsula
• - Itraconazol 50 mg, cápsula
• - Itraconazol 25 mg, cápsula

Indicações

É eficaz no tratamento de uma grande variedade de micoses superficiais, subcutâneas e sistêmicas. Dermatofitoses, malassezioses, esporotricose, criptococose tegumentar, respiratória e ganglionar. Observaram-se resultados favoráveis na terapia em casos de histoplasmose, blastomicose, micetomas, pseudomicetomas.

Contraindicações / precauções

Não é recomendado para pacientes que apresentem hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo. Deve ser usado com cautela em animais com hepatopatias e nefropatias, cardiopatias e com hipersensibilidade a outros antifúngicos azois

Efeitos adversos

Seus efeitos colaterais são esporádicos e não diferem daquele observados com outros derivados imidazóis ou triazóis. Eventualmente ocorrem: anorexia, vômito e dor abdominal.

Reprodução, gestação e lactação

Não deve ser utilizada em pacientes gestantes, lactantes ou em período fértil.

Superdosagem

Há registros de insuficiência hepática e icterícia.

Via(s)

• Oral

Frequência de utilização

12 / 12 ou 24 / 24 horas

Duração do tratamento

4 semanas após a cura clínica em casos de infecções micóticas superficiais e por 8 semanas em casos de infecções cutâneas subcutâneas ou sistêmicas.

Dosagem indicada

Farmacodinâmica

O itraconazol é um fármaco antifúngico pertencente à classe dos azóis triazólicos. Sua farmacodinâmica está relacionada aos efeitos que exerce sobre os fungos.

O itraconazol atua inibindo a síntese do ergosterol, que é um componente essencial das membranas celulares dos fungos. Ele interfere na atividade da enzima lanosterol 14α-demetilase, que é responsável pela conversão do lanosterol em ergosterol. Ao inibir essa enzima, o itraconazol impede a formação de ergosterol, resultando na alteração da permeabilidade e integridade da membrana celular fúngica.

Além da inibição da síntese de ergosterol, o itraconazol também pode ter efeitos sobre outros processos metabólicos dos fungos, como a inibição da biossíntese de triglicerídeos e fosfolipídios, além de interferir na atividade de algumas enzimas fúngicas.

Farmacocinética

Absorção: O itraconazol é administrado principalmente por via oral na forma de cápsulas ou comprimidos. A absorção do itraconazol pode ser influenciada pela presença de alimentos no estômago. A administração do medicamento com uma refeição rica em gordura pode aumentar a absorção e a biodisponibilidade do itraconazol.

Distribuição: Após a absorção, o itraconazol é amplamente distribuído pelos tecidos do organismo. Ele pode atravessar barreiras como a barreira hematoencefálica e a barreira placentária, alcançando concentrações terapêuticas em diversos tecidos e fluidos, incluindo pele, unhas, pulmões, ossos e tecido cerebral.

Metabolismo: O itraconazol sofre um extenso metabolismo no fígado. A principal via de metabolização é a metabolização oxidativa mediada por enzimas hepáticas do citocromo P450, principalmente a enzima CYP3A4. O metabólito ativo mais importante é o hidroxiitraconazol, que também possui atividade antifúngica.

Eliminação: A eliminação do itraconazol e seus metabólitos ocorre principalmente por meio do fígado e dos rins. A meia-vida de eliminação do itraconazol varia de 16 a 28 horas, enquanto a meia-vida do hidroxiitraconazol é de aproximadamente 34 a 42 horas. Cerca de 35% a 40% da dose é excretada na urina, principalmente na forma de metabólitos, e o restante é eliminado nas fezes.

A farmacocinética do itraconazol pode ser afetada por vários fatores, como a dose administrada, a presença de alimentos no estômago, a função hepática e renal, e a interação com outros medicamentos. Algumas condições médicas, como doenças hepáticas e renais, podem exigir ajustes de dose ou monitoramento especial durante o tratamento com itraconazol.

Considerações laboratoriais

O uso de triazóis pode causar aumento das aminotransferases, ureia e fosfatase alcalina.

Efeitos adversos

Seus efeitos colaterais são esporádicos e não diferem daquele observados com outros derivados imidazóis ou triazóis. Eventualmente ocorrem: anorexia, vômito e dor abdominal.

Reprodução, gestação e lactação

Não deve ser utilizada em pacientes gestantes, lactantes ou em período fértil.

Superdosagem

Há registros de insuficiência hepática e icterícia.

Monitoramento

Monitorar a eficácia do tratamento e possível aparição ou aumento de efeitos adversos.

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CORGOZINHO, K. B. et al. Um caso atípico de esporotricose felina. Acta Scientiae Veterinariae. 34(2): 167-170, 2006

COSTA, E. O.; GÓRNIAK, S. L. Agentes antifúngicos e antivirais. In: SPINOSA H. S. et al. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

FARIAS, M. R.; GIUFFRIDA, R. Antifúngicos. In: In: ANDRADE, S. F. Manual de terapêutica Veterinária, 3 ed. São Paulo: Editora Roca, 2008, 912 p.

NOBRE, M. O. et al. Drogas antifúngicas para pequenos e grandes animais. Ciência Rural, Santa Maria, v.32, n.1, p.175-184, 2002

SPINOSA, Helenice de Souza, Silvana Lima Górniak, and Maria Martha Bernardi. "Farmacologia aplicada à medicina veterinária." (2017).

DC, Plumb. Plumb’s veterinary drug handbook, (2017).