Aviso

Este medicamento pode ser encontrado em apresentações de uso humano, porém com literatura técnica que baseia seu uso na medicina veterinária. O uso de suas informações é de responsabilidade do médico veterinário.

Princípio(s) Ativo(s)

• Viscum album

Receita

Receita Simples

Composição

Extrato aquoso fermentado, planta total, proveniente de três árvores hospedeiras: Viscum album M (de Mali, macieira); Viscum album P (de Pini, pinheiro); Viscum album Qu (de Quercus, carvalho)

OPÇÕES VETERINÁRIAS COM Viscum album

• Fator Viscum Zoo®
  Princípio(s) Ativo(s): Viscum album
  Empresa: Arenales

Apresentações e concentrações

• - Viscum album, manipulação, (este princípio ativo não tem apresentação, pois usualmente é encontrado em compostos, manipulações farmacológicas ou não existe comercialização industrial no Brasil)

Indicações

A indicação mais comum do Viscum album em medicina veterinária é o tratamento complementar em casos de câncer, como um agente imunomodulador e adjuvante à terapia convencional. Alguns estudos têm sugerido que o Viscum album pode ter propriedades anticancerígenas e imunomoduladoras em animais, mas é importante ressaltar que a pesquisa nessa área ainda é limitada.

Contraindicações / precauções

Alguns estudos indicam que o visco pode causar reações alérgicas em animais sensíveis, e seu uso não é recomendado em animais gestantes, lactantes ou com doenças hepáticas ou renais graves.

Efeitos adversos

Pode haver reações inflamatórias leves no local da aplicação (hiperemia, prurido, edema), que geralmente desaparecem após 72 horas.

Via(s)

• SC

Frequência de utilização

Em humanos, a frequência usual é de 3 vezes por semana, de acordo com a resposta de cada paciente.

Duração do tratamento

Em humanos, na terapia adjuvante, o tratamento deve ser intensivo por um a dois anos (com pequenas pausas de uma a duas semanas). Nos anos seguintes, pausas maiores, como por exemplo, um mês de pausa após um ou dois meses de aplicação. A frequência também pode ser reduzida para uma ou duas vezes por semana. A partir do quinto ano, as pausas devem ser maiores: dois meses após cada caixa.

Observações

O uso em animais deriva principalmente do emprego empírico ou da experiência em seres humanos. Há poucos estudos clínicos bem controlados ou sobre eficácia para documentar a efetividade clínica.

Em humanos sugere-se o ajuste da dose de acordo com cada paciente e cada patologia.

Na fase inicial, ou de indução, deve-se começar com dose baixa. Após o término da primeira caixa, deve-se ajustar a dose de acordo com as reações no local da aplicação, pois a dose do medicamento deve ser tal que a reação do paciente se situe entre a anergia (sem resposta) e a hiperergia (resposta excessiva).

Na fase de manutenção, deve-se conservar a dose da fase de indução, ainda tomando-se como parâmetros a reação local e a sensação subjetiva de bem-estar. Os pacientes

que se encontram em remissão completa, ou seja, sem evidência de doença tumoral, devem fazer algumas pausas na aplicação do Viscum album. Inicialmente as pausas podem ser de uma a duas semanas entre uma caixa e outra. Habitualmente após um ano de tratamento com Viscum album, as pausas devem ser maiores, como por exemplo, de um mês após cada um ou dois meses de aplicação.

Farmacodinâmica

Atividade imunomoduladora: O Viscum album tem a capacidade de modular o sistema imunológico, tanto estimulando quanto suprimindo a resposta imune, dependendo das condições do organismo. Isso pode ser benéfico em condições em que o sistema imunológico do animal precisa ser regulado, como em casos de doenças autoimunes ou estimulação imune para combater infecções.

Efeito citotóxico: O Viscum album contém compostos, como as lectinas, que podem ter atividade citotóxica, ou seja, podem causar a morte seletiva de células. Esse efeito pode ser utilizado no tratamento de certos tipos de tumores.

Ação antiviral: Estudos demonstraram que o Viscum album possui atividade antiviral contra alguns vírus, como o vírus da gripe em animais. Isso pode ser útil no tratamento de infecções virais em animais.

Propriedades antioxidantes: O Viscum album contém compostos antioxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livres e reduzir o estresse oxidativo. Isso pode ter efeitos benéficos na proteção celular e na saúde em geral.

Farmacocinética

A planta contém uma variedade de compostos ativos, como lectinas, polissacarídeos e flavonoides, que podem influenciar sua farmacocinética. No entanto, informações específicas sobre a absorção, distribuição, metabolismo e eliminação desses compostos em animais de diferentes espécies são limitadas.

Em geral, após a administração oral do Viscum album em animais, os compostos ativos podem ser absorvidos pelo trato gastrointestinal e entrar na corrente sanguínea. A distribuição nos tecidos e órgãos do animal pode variar dependendo das propriedades químicas dos compostos e da capacidade de penetração celular. A metabolização desses compostos pode ocorrer no fígado e outros tecidos, resultando na formação de metabólitos que podem ser eliminados do organismo por meio do metabolismo hepático e renal.

Efeitos adversos

Pode haver reações inflamatórias leves no local da aplicação (hiperemia, prurido, edema), que geralmente desaparecem após 72 horas.

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MÜNST, A. et al. Helixor (Viscum album L.) na prática clínica: como iniciar o tratamento e encontrar a dose adequada para cada paciente. Arte Médica Ampliada Vol. 33 | N. 2 | Abril / Maio / Junho de 2013

SPINOSA, Helenice de Souza, Silvana Lima Górniak, and Maria Martha Bernardi. "Farmacologia aplicada à medicina veterinária." (2017).

DC, Plumb. Plumb’s veterinary drug handbook, (2017).