Cairn Terrier

Nome da Raça
Cairn Terrier
Porte
Pequeno
Peso
Fêmeas: 6-7,5 kg Machos: 6-7,5 kg
Altura na Cernelha
Fêmeas: 28-31 cm Machos: 28-31 cm
Nível de atividade
Moderada
Temperamento
Corajoso, alegre, ágil
Adestrabilidade
Moderada
Introdução
Origem
O Cairn descende de pequenos terriers que viviam nas terras altas escocesas, em particular, a Ilha de Skye, onde mantinham fazendas e celeiros livres de ratos, raposas, lontras e texugos.
No século 18, eles eram frequentemente chamados de terrier de pelo curto ou pequenos terrier de Skye e, provavelmente, resultaram de cruzamentos entre o terrier branco, agora extinto, e o terrier preto e bronzeado. Até 1873, os vários terriers da Escócia foram agrupados sob um único nome: Scotch Terriers. Naquela época, eles foram divididos em dois grupos: Dandie Dinmont Terriers e Skye Terriers.
A raça que conhecemos agora como Cairn caiu na categoria de Skye Terrier, juntamente com os cães que se tornaram o Scottish Terrier e o West Highland White Terrier. Os cães foram diferenciados principalmente por cores, e não era incomum que os três nascessem na mesma ninhada.
Os pequenos terriers, que, nessa época, eram chamados de Skyes de pelo curto, permaneceram principalmente nas fazendas e celeiros até o início do século 20, quando as pessoas começaram a exibi-los em shows de cães. Eles receberam o nome de Cairn Terrier em 1912.
Até este momento, não era incomum que Cairns e Westies fossem cruzados, mas quando o American Kennel Club reconheceu o Cairn em 1913, ele acabou com a prática.
Nome original
Cairn Terrier
País de origem
Grã-Bretanha
Características gerais
Aspectos raciais
É um cão ágil, alerta, aparência natural de um terrier apto ao trabalho. Bem aprumado sobre as patas anteriores.
A cabeça é pequena, porém proporcional ao corpo. Bem guarnecida de pelos. Seu crânio é largo, com nítida depressão entre os olhos. Seus olhos são bem separados, de tamanho médio, escuros e ligeiramente profundos, com sobrancelhas cobertas de pelos. As orelhas são pequenas, pontudas, eretas e bem inseridas, não são muito próximas, nem muito peludas.
O pescoço é bem inserido, não é curto. O Cairn possui dorso nivelado de comprimento médio, tem o lombo forte e elástico e seu peito possui costelas profundas e bem arqueadas.
A cauda é curta, balanceada, bem guarnecida de pelos, sem ser franjada. Tem inserção mediana e não curva-se sobre o dorso. As patas anteriores são maiores que as posteriores e podem virar ligeiramente para fora. Possuem almofadas espessas e resistentes.
O pelo é muito resistente às intempéries. Possui pelagem de cobertura dupla com pelos abundantes, ásperos, mas não grosseiros, subpelo curto e macio. A cor normalmente creme, trigo, vermelho, cinza ou quase preto. O tigrado também é comum. As regiões escuras nas orelhas e no focinho são típicas.
Pelo
Semi-longo
Comportamento e cuidados
Comportamento e cuidados
O Cairn pode ser pequeno, mas ele é tão confiante que é fácil esquecer seu tamanho. Ele tem a típica independência de terrier, mas ele é um cão amigável que pode se adaptar a qualquer tipo de casa - desde um apartamento na cidade até uma fazenda do interior.
Alerta, ativo e curioso, o Cairn tem comportamento de um cão de guarda, é um bom companheiro de crianças e um amigo familiar completo. Quando o cão e a criança têm supervisão e treinamento adequados, Cairns e crianças se encaixam perfeitamente.
Não espere que o Cairn seja um cachorrinho de colo por causa do seu tamanho. Ele pode dar-lhe um ou dois minutos de seu tempo, mas ele tem coisas para fazer e lugares para ir. Apenas tenha certeza de que essas atividades não envolvam cavar o jardim.
O Cairn é inteligente e aprende rapidamente. Nunca há necessidade de gritar com ele ou tratá-lo com força - ele responderá ao reforço positivo na forma de elogios e petiscos, desde que ele saiba que você está no comando.
Sem o devido treinamento, supervisão ou níveis apropriados de exercício, ele ficará entediado, ocupando seu tempo mastigando e cavando para se manter ocupado.
Desafie seu cérebro com brinquedos de quebra-cabeça e sessões de treinamento que são interessantes. Em dias de chuva, deixe-o perseguir uma bola dentro de casa ou brincar de esconde-esconde.
Esta raça deve ser escovada de uma a duas vezes por semana. A tosa é ocasionalmente necessária. O resto trata-se de cuidados básicos, como escovação dentária e alimentação de boa qualidade.
Sensibilidade a fármacos
Não foram encontrados em literatura relatos de sensibilidade à fármacos específicos relacionados à raça em questão.
Predisposição à doenças
Dermatológicas
Atopia:
- Doença comum, afetando 10% da população canina mundial;
- Animais nascidos entre o outono e verão são mais predispostos;
- Início dos sinais clínicos iniciam geralmente entre 1 e 2 anos de idade;
- Alguns estudos mostram ausência de predileção sexual, outros mostram fêmeas mais predispostas.
Dermatite por Malassezia:
- Condição incomum;
- Acomete qualquer idade;
- Pode ser sazonal.
Endócrinas
Diabetes Mellitus:
- Idade média: 4 a 14 anos;
- Fêmeas idosas e inteiras são mais predispostas.
Gastrointestinais
Shunt portossistêmico congênito:
- Sinais clínicos se manifestam geralmente em cães até 1 ano de idade;
- Geralmente extra-hepático.
Displasia portal microvascular:
- Congênita;
- Suspeita-se de fator hereditário;
- Pode ser subclínico.
Fígado policístico e doença renal:
- Suspeita-se de fator hereditário;
- Falência hepática vista em até 5 semanas.
Hematológicas e imunológicas
Hemofilia B:
- Deficiência do fator IX de coagulação na raça;
- Apresentação clínica moderada na raça.
Deficiência de piruvato-quinase
Doença de Von Willebrand:
- Condição comum.
Musculoesqueléticas
Luxação patelar:
- Condição comum.
Neoplásicas
Melanoma cutâneo;
Tumores de glândula sebácea;
Neoplasia testicular.
Neurológicas
Doença de Krabbe’s:
- Rara.
Neuronopatia progressiva:
- Rara;
- Afeta cães jovens.
Oftálmicas
Cílios ectópicos
Catarata
Melanose ocular
Glaucoma
Renais e urinárias
Doença renal policística
Reprodutivas
Neoplasia testicular
Criptorquidismo
Respiratórias e pneumológicas
Fibrose pulmonar intersticial:
- Etiologia desconhecida;
- Afeta cães mais velhos;
- Não há predileção sexual.
Referências bibliográficas
CBKC Confederação Brasileira de Cinofilia. Padrão Oficial da Raça: Cairn Terrier. Disponível em: http://cbkc.org/racas. Acesso em: 15 fev. 2018.
FOGLE, B. Guia Ilustrado Zahar Cães. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. 344 p.
GOUGH, A.; THOMAS, A. Breed Predispositions to Disease in Dogs and Cats. 3º Ed. Oxford: Wiley-Blackwell, 2018. 398 p.
Nestlé Purina Australia. Dog Breeds. Cairn Terrier. Disponível em: http://www.purina.com.au/owning-a-dog/dog-breeds/CairnTerrier. Acesso em: 10 fev. 2018
Pet guide. Breeds. Dog Breeds. Cairn Terrier. Disponível em: http://www.petguide.com/breeds/dogs/cairnterrier. Acesso em: 10 fev. 2018
Vet Street. Dog Breeds. Cairn Terrier. Disponível em: http://www.vetstreet.com/dogs/cairn-terrier. Acesso em: 10 fev. 2018