Pequinês

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Nome da Raça

Pequinês

Porte

pequeno

Peso

Fêmeas: 5,4 kg; Machos: 5,0 kg

Nível de atividade

baixa

Temperamento

corajoso, leal, personalidade forte, carinhoso, inteligente

Adestrabilidade

difícil

Introdução

Origem

Uma lenda chinesa conta que há muitos séculos atrás, o Pequinês surgiu da paixão de um leão por uma pequena macaca, e por ela sacrificou toda sua força e tamanho. A partir desse amor nasceu o Pequinês, que herdou a coragem, nobreza, e orgulho do pai, e tamanho diminuto, inteligência e ternura da mãe. 

O primeiro registro que se tem do Pequinês data do século VIII, correspondente à época da Dinastia Tang. Ao longo do tempo, foi meticulosamente criado pelos governantes da China Imperial e acredita-se que era designado apenas para os mais altos dignitários da corte, os que possuíam sangue real. 

Sua implementação no Ocidente ocorreu por volta do século XIX com as importações da Grã-Betanha, após invasão de Pequim pelas tropas inglesas. E, hoje, tem grande popularidade em todo o mundo. 

O primeiro registro da raça pelo American Kennel Club (AKC) foi em 1906, e, em 1909, surgiu o Pekingese Club of America. 

Foi aceito pela Federation Cynologique Internationale (FCI) em 1966.

Nome original

Pekingese

País de origem

China

Características gerais

Aspectos raciais

O Pequinês é um cão de aparência leonina, moderadamente compacto, mas com grande coragem e nobreza. 

Sua cabeça é razoavelmente larga, com stop definido. O focinho deve ser evidente, mas pode ser relativamente curto e largo, com trufa ampla e narinas bem abertas. Uma ligeira ruga pode se estender das bochechas até a ponta da trufa em formato de “V” invertido (isto nunca deve afetar ou obscurecer os olhos ou a trufa).

Os olhos são redondos, limpos, escuros e brilhantes. As orelhas são inseridas ao nível do crânio, em formato de coração e portadas próximas da cabeça, com franjas longas e profusas.

O pescoço é relativamente curto e grosso, e desce para o peito largo e costelas bem arqueadas. Segue pela linha superior para o tronco curto, com cintura evidente. A cauda é inserida alta, curvada sobre o dorso e com longas franjas.

Os membros anteriores são curtos e arqueados, com patas ligeiramente voltadas para fora. Já os membros posteriores são retos e curtos. Essa estrutura óssea lhe confere movimentação bamboleante, na qual o cão, em compasso suave, gera um rebolado característico conhecido popularmente de “roll”.

Sua pelagem é moderadamente longa, reta, com juba comprida, formando uma capa ao redor do pescoço. O pelo de cobertura é rústico com subpelo mais macio. Possui mais compridos nas orelhas, porção posterior dos membros, caudas e dedos. Mas é importante salientar que o comprimento e o volume do pelo não deve interferis nas suas atividades. Todas as cores e marcas são permitidas, exceto albino e fígado.

Comportamento e cuidados

Comportamento e cuidados

É um cão de companhia com expressão viva, inteligente e orgulhosa. É destemido, fiel, independente e indiferente com estranhos, mas apegado e carinhoso com o dono. Atende aos carinhos e elogios, mas não às ordens, sendo uma raça de difícil treinamento. 

Não é muito fã de exercício físico e associado ao seu pequeno tamanho torna-se perfeito para morar em apartamento. Porém, é importante salientar que é uma raça que tende a latir e, por isso, é indicado treinamento o mais cedo possível, lembrando que pode ser um desafio para o dono, exigindo paciência e persistência.  

Não é recomendado mantê-lo fora de casa, uma vez que tem dificuldade em regular sua temperatura corporal em dias muito frios ou quentes.

É uma raça indicada para crianças um pouco mais velhas, uma vez que brincadeiras podem machucá-lo ou desagradá-lo e sua resposta pode ser agressiva.

Os olhos grandes e proeminentes são sensíveis e merecem atenção redobrada, prevenindo situações potencialmente traumáticas.

Devido sua pelagem longa e abundante, necessita de escovações diárias para remover pelos mortos e prevenir formação de nós, e banhos frequentes (não excessivos) com a finalidade de retirar secreções e sujidades. A ruga acima da trufa deve ser limpa com compressa umedecida com água e, posteriormente, bem seca com compressa limpa.  

Predisposição à doenças

Cardiovasculares

Doença valvar degenerativa

  • Machos são afetados com maior frequência que as fêmeas, indicando uma base genética (familiar)

Gastrointestinais

Dentição anormal

  • Prognatismo
  • Polidontia
  • Persistência de dentes decíduos

Shunt portossistêmico

Metabólicas

Obesidade

Musculoesqueléticas

Condrodisplasia

  • Gene retroposto fsf4 foi identificado como a causa

Luxação de patela

  • Principalmente luxação medial, às vezes pode ser bilateral

Neonatais

Anasarca congênita

  • Transmissão hereditária, autossômica dominante

Hidrocefalia

  • Defeito congênito nas raças pequenas, toy e braquicefálicas

Fenda palatina/ lábio leporino

  • Raças braquicefálicas caninas e a raça Siamesa em gatos apresentam maior predisposição ao desenvolvimento desses defeitos

Síndrome do filhote nadador

  • A principal característica racial que predispõe a essa síndrome é a condrodisplasia 
  • Anormalidade congênita

Neurológicas

Degeneração do disco intervertebral

Subluxação atlantoaxial/ Instabilidade atlantoaxial

  • Condição congênita ou adquirida

Hemivértebra

Encefalite necrosante 

Meningoesncefalite necrosante

Oftálmicas

Atrofia progressiva da retina

Distiquíase

Catarata juvenil

Glaucoma

  • Primário

Ceratite bacteriana

Úlcera de córnea

Epífora

  • Associada às características anatômicas como entrópio e triquíase 

Renais e urinárias

Urolitíase por urólitos de apatita, sílica ou estruvita

Displasia renal

  • Doença renal de origem familiar

Reprodutivas

Distocia

Criptorquidismo

Respiratórias e pneumológicas

Síndrome dos Braquicefálicos

  • Anormalidades anatômicas congênitas das vias respiratórias anteriores como: estenose dos orifícios nasais, prolongamento do palato mole, hipoplasia traqueal etc

Referências bibliográficas

Gough, A., Thomas, A., O'neill, Dan. Breed predispositions to disease in dogs and cats. John Wiley & Sons. 2018; 140-150.

Jericó, M. M.; Andrade Neto, J. P. de; Kogika, M. M. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. 1. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015.

Ficha do Pequinês. Cachorrogato – Tudo sobre cachorros e gatos. Disponível em: < http://www.cachorrogato.com.br/racas-caes/pequines/>

Padrão Oficial da Raça Pequinês. Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), junho, 2009. Disponível em: < http://cbkc.org/application/views/docs/padroes/padrao-raca_197.pdf>

Pekingese. Federation Cynologique Internationale (FCI). Disponível em: < http://www.fci.be/en/nomenclature/PEKINGESE-207.html >

Pekingese. The American Kennel Club (AKC). Disponível em: < http://www.akc.org/dog-breeds/pekingese/detail/#2 >

Pequinês. Canil Doglores. Disponível em: <https://canildoglores.wordpress.com/2016/08/10/a-cara-do-pequines/>

Imagem: http://www.saudeanimal.com.br/2016/04/15/pequines/