OPÇÕES VETERINÁRIAS COM Fenilbutazona

• Equipalazone Injetável
  Princípio(s) Ativo(s): Fenilbutazona
  Empresa: Marcolab
• Phenylarthrite
  Princípio(s) Ativo(s): Fenilbutazona; Fosfato Sódico de Dexametasona
  Empresa: Marcolab

Apresentações e concentrações

• - Fenilbutazona, drágea
• - Butazolidina, drágea

Indicações

Anti-inflamatório não-esteroidal indicado em casos de processos inflamatórios como artrite, artrose, bursite e tendinite. A Fenilbutazona também pode ser indicada para aliviar a dor em casos de lesões musculoesqueléticas, como entorses, contusões e distensões. Em alguns casos, a Fenilbutazona pode ser usada para reduzir a febre em animais com infecções ou outras condições que causam hipertermia.

Contraindicações / precauções

Não utilizar em gatos.

Contraindicada em casos de insuficiência hepática, renal ou cardíaca e distúrbios hematológicos

Deve ser utilizada com cautela em cães por causar efeitos adversos graves nessa espécie.

Animais com histórico de reações alérgicas à Fenilbutazona ou a outros AINEs devem evitar o uso desse medicamento, devido ao risco aumentado de reações alérgicas graves.

Efeitos adversos

Está relacionada a discrasias sanguíneas, distúrbios gastrintestinais, hepatotoxicidade e nefrotoxicidade em cães.

Reprodução, gestação e lactação

Usar com cautela em gestantes.

Via(s)

• Oral

Frequência de utilização

12 / 12 horas

Duração do tratamento

De acordo com protocolo médico.

Dosagem indicada

Farmacodinâmica

A Fenilbutazona atua inibindo a enzima ciclooxigenase (COX), especificamente a COX-2, que é responsável pela produção de prostaglandinas pró-inflamatórias. Ao inibir a COX-2, a Fenilbutazona reduz a síntese de prostaglandinas, o que resulta em efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos.

Os principais efeitos farmacodinâmicos da Fenilbutazona no uso veterinário incluem:

Efeito anti-inflamatório: A Fenilbutazona reduz a resposta inflamatória, inibindo a produção de substâncias inflamatórias, como prostaglandinas, bradicinina e histamina. Isso ajuda a diminuir o inchaço, a vermelhidão, a dor e a rigidez associados a condições inflamatórias.

Efeito analgésico: A Fenilbutazona possui propriedades analgésicas, aliviando a dor associada a condições inflamatórias e musculoesqueléticas. Ela age reduzindo a sensibilidade dos tecidos às substâncias que causam dor.

Efeito antipirético: A Fenilbutazona pode ajudar a reduzir a febre em animais com condições inflamatórias ou infecciosas, inibindo a produção de prostaglandinas que aumentam a temperatura corporal.

Efeito imunossupressor: Em doses elevadas, a Fenilbutazona pode exercer um efeito imunossupressor, inibindo a atividade das células do sistema imunológico. Isso pode ser útil em certas condições em que a resposta imunológica exacerbada pode ser prejudicial.

Farmacocinética

A farmacocinética da Fenilbutazona no uso veterinário refere-se à absorção, distribuição, metabolismo e eliminação do medicamento no organismo dos animais.

Absorção: A Fenilbutazona é geralmente administrada por via oral em forma de comprimidos ou suspensões. Após a administração oral, a absorção da Fenilbutazona no trato gastrointestinal dos animais é rápida e completa.

Distribuição: A Fenilbutazona é amplamente distribuída nos tecidos do corpo dos animais, incluindo tecidos inflamados. Ela pode atravessar a barreira placentária e ser excretada no leite materno. A ligação da Fenilbutazona às proteínas plasmáticas é alta, o que pode afetar a sua disponibilidade e interações com outros medicamentos.

Metabolismo: A Fenilbutazona sofre metabolismo no fígado dos animais. Ela é metabolizada principalmente por conjugação com ácido glicurônico, formando metabólitos inativos. Alguns animais, como cavalos, têm uma capacidade limitada de metabolizar a Fenilbutazona, o que pode resultar em uma meia-vida mais longa e maior risco de acúmulo do medicamento.

Eliminação: A Fenilbutazona é excretada principalmente na urina na forma de metabólitos conjugados com ácido glicurônico. A eliminação da Fenilbutazona e seus metabólitos ocorre de forma lenta e gradual. A meia-vida da Fenilbutazona varia entre as espécies animais, mas geralmente é de algumas horas a alguns dias.

É importante considerar a farmacocinética da Fenilbutazona ao determinar a dose e a frequência de administração em animais. Além disso, é essencial monitorar os níveis sanguíneos do medicamento, especialmente em animais com disfunção hepática ou renal, para evitar a acumulação excessiva e possíveis efeitos adversos.

Efeitos adversos

Está relacionada a discrasias sanguíneas, distúrbios gastrintestinais, hepatotoxicidade e nefrotoxicidade em cães.

Reprodução, gestação e lactação

Usar com cautela em gestantes.

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PAPICH, M. G. Manual Saunders de terapia veterinária. 3ª ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2012

WATSON, A. D. et al. Phenylbutazone-induced blood dyscrasias suspected in three dogs. The Veterinary Record, v. 107, n. 11, p. 239-241, 1980.

SPINOSA, Helenice de Souza, Silvana Lima Górniak, and Maria Martha Bernardi. "Farmacologia aplicada à medicina veterinária." (2017).

DC, Plumb. Plumb’s veterinary drug handbook, (2017).